utopia, substantivo feminino
1. projecto de governo que, a ser exequível, asseguraria a felicidade geral;
2. projecto imaginário, irreal;
(Do gr. oü, «não» +tópos, «lugar», pelo lat. Utopìa-, «utopia, lugar que não existe»)
O sonho, a imaginação e a inconformidade revelaram-se na utopia como o desejo de conseguir uma sociedade ideal e perfeita. Fruto de épocas de crise, em que a imaginação do Homem se evade, fugindo duma realidade difícil, buscando a felicidade num mundo que é apenas imaginário, mas que seria o ideal, caso existisse.
No mundo ocidental, este assunto foi abordado tanto por Platão, na Grécia, como por Virgílio, em Roma. Contudo, foi no Renascimento, com Thomas More, na sua obra Utopia , que este vocábulo se tornou mais utilizado.
Elemento fundamental para percebermos este vocábulo é a vontade de ruptura com o presente e o desejo de transformação, por vezes radical, das estruturas e valores sociais em vigor.
A utopia pode distinguir-se em várias tipologias: absolutas, relativas, negativas. Absolutas, quando entra em total contradição com a vivência humana. Aqui incluem-se, sobretudo, as utopias mitológicas. Relativas, quando nunca existiram projectos semelhantes, mas seria possível a sua realização. Utopias negativas ou distopias, quando a perfeição tecnológica na sociedade escraviza a condição humana, ou há a proposta de uma sociedade fechada e totalitária, apesar de utópica.
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